Represa de Nova Ponte registra menos de 10% do nível de água

Às margens do rio Araguari, a Usina Hidrelétrica de Nova Ponte está com 9,56% de nível de água. A Usina começou a ser construída em 1987 com início da operação em 1994, tendo área atingida pelo lago os munícipios de Nova Ponte, Irai de Minas, Patrocínio, Santa Juliana, Perdizes, Pedrinópolis, Sacramento e Serra Salitre, no Alto Paranaíba.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o lago é capaz de armazenar 11,39% do volume represável pelos reservatórios do Sistema Sudeste/Centro Oeste, o que representa 30,04% do armazenamento de água da Bacia do Rio Paranaíba.

Este ano, no dia 21 de dezembro, o morador da cidade de Nova Ponte e presidente do Sindicato Rural, Weber Bernardes, chamou a atenção da comunidade e das autoridades ao divulgar nas redes sociais imagens da represa com um dos mais baixos níveis de água. A situação de degradação ambiental provocou a morte de peixes e gerou indignação nos moradores.

 “A represa de Nova Ponte, infelizmente, é o que nós estamos vendo o nível do reservatório muito baixo e os peixes morrendo,” disse Bernardes.

Em entrevista ao Grupo Imbiara, o ambientalista Reginaldo Costa e Silva falou sobre os impactos ambientais causados pelo baixo armazenamento de água no reservatório. “Nós estivemos juntos com o corpo técnico da USP que nos ajudou a formatar o relatório de impactos do meio ambiente da represa, com a previsão de várias situações com exceção desta que não esperávamos estar vivenciando hoje. As causas ambientais registradas em virtude da má aplicação dos recurso hídricos pela CEMIG geram diversos problemas, como o baixo nível da água que deixam as nascentes comprometidas porque ficam expostas,” explica o ambientalista.

De acordo com Weber Bernardes, será realizada reunião com a Associação dos Municípios da Micro Região do Alto Paranaíba (AMPLA) e Curadoria ambiental dos municípios para elaboração de providências emergenciais em proteção ao meio ambiente.

“Vamos procurar os prefeitos que estão tomando posse, e os curadores do meio ambiente dos municípios para cobrar uma postura sobre essa situação,” disse Reginaldo Silva.

Nossa equipe de Jornalismo entrou em contato com a CEMIG, mas até o momento não obteve resposta.

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