Biblioteca Virtual

Aos poucos o velho costume de caminhar até a biblioteca, passear entre as estantes repletas de livros e esticar o braço para alcançar um título na prateleira mais alta está perdendo força. Com um computador conectado à internet essa procura se tornou mais rápida e simples. Primeiro com os sites de busca, como o Google. E agora com as chamadas bibliotecas digitais.

A diferença entre esses dois mecanismos é que no primeiro as informações são amplas e é necessário ter filtro, um conhecimento prévio para absorver apenas o que for confiável. “Já as bibliotecas digitais têm um conteúdo mais dirigido, de notório saber, pois geralmente estão ligadas a instituições de relevância acadêmica, científica e literária”, explica André Luís Rosa e Silva, professor de Literatura e Língua Portuguesa do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais, em Ponta Grossa.

E essas bibliotecas “sem paredes” são um grande aliado para a educação e, principalmente, um importante canal para que todos tenham o acesso à informação. Em alguns países da Europa e nos Estados Unidos essa democratização já é uma realidade e seus maiores acervos estão na rede prontos auxiliar nas pesquisas. No Brasil, ela ainda esbarra em muitas dificuldades. A digitalização é um processo caro e a maioria dos acervos do país não possuem recursos para isso. Além disso, nem toda família brasileira tem um computador, muito menos acesso à internet. Para se ter ideia, uma pesquisa do Instituto Pró-livro, divulgada no final de março, revelou que 70% dos entrevistados nunca ouviu falar em livros digitais.

Mesmo assim, os acervos virtuais que existem no Brasil suprem, de forma ainda tímida, a carência de bibliotecas na maioria dos municípios e escolas brasileiras. É o caso do Portal Domínio Público, do Ministério da Educação, que disponibiliza gratuitamente quase 200 mil arquivos distribuídos em diversos tipos de mídias: textos, sons, imagens e vídeos. Entre eles está a obra completa de Machado de Assis. A biblioteca digital Brasiliana, da Universidade de São Paulo, está disponível na rede desde 2005 e tem inclusive obras raras. “Parte do seu acervo, ainda em processo de digitalização, foi doada pela família do falecido empresário José Mindlin. Como bibliófilo, Mindlin adquiriu obras raríssimas como a primeira edição de O Guarani, de José de Alencar”, lembra Rodrigo Ugá, mestre em Literatura e Crítica Literária e professor da rede estadual de ensino de São Paulo.

A boa notícia de tudo isso, é que agora, na hora de planejar suas aulas ou estudar, você também pode recorrer às prateleiras virtuais para encontrar artigos, textos e obras que ainda não estão disponíveis na sua escola. E melhor, no conforto de casa.

Confira alguns links de bibliotecas virtuais:

Biblioteca Brasiliana: https://www.bbm.usp.br/en/

Domínio Público: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

Biblioteca Mundial Digital: https://www.wdl.org/pt/

Biblioteca Digital da Unicamp: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/

Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/4-sites-gratuitos-de-biblioteca-virtual

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