Chega ao fim incêndio na Serra da Canastra

Após seis dias de combate, chegou ao fim o incêndio no Parque Nacional da Serra da Canastra, que começou no último sábado (15) na região de São Roque de Minas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a área devastada é de aproximadamente 23.850 mil hectares, o equivalente a mais de 33 mil campos de futebol. Bombeiros e brigadistas da região e dos parques nacionais do Caparaó, Serra do Cipó e Serra dos Órgãos ajudaram no combate às chamas. Além disso, a ação teve apoio de duas aeronaves governamentais especializadas no controle de incêndios.

Segundo o comandante das operações na Canastra e capitão dos bombeiros, Augusto Pereira, os últimos trabalhos das equipes se concentraram em uma linha de fogo na região da Gurita, que abrange o local conhecido por “Zé Carlinhos”.

Após um sobrevoo de reconhecimento nesta região, foram mobilizados 15 equipes de combate com três pessoas em cada, entre bombeiros e brigadistas. Este foi um ponto remanescente, segundo os bombeiros. Todos os focos foram contidos pelas equipes, com apoio de duas aeronaves air tractor.

Para o chefe do Parque, Carlos Henrique Bernardes, o incêndio pode ter sido provocado intencionalmente e de forma criminosa. No entanto, a situação ainda será investigada .

Área queimada

Na quarta-feira (19), os bombeiros informaram que 21 mil hectares, o equivalente a mais de 29 mil campos de futebol, já haviam sido consumidos pelo fogo. A corporação explicou que o cálculo foi feito com base em lançamento dos pontos de calor e delimitação da área, e deve ser confirmado por satélite.

Contudo, ao fim do combate às chamas nesta quinta-feira, os militares contabilizaram 23.850 mil hectares de vegetação nativa devastada, equivalente a mais de 33 mil campos de futebol.

Equipe de combate

Mais de 70 pessoas atuaram no combate ao incêndio que atingiu o Parque Nacional da Serra da Canastra. A equipe contou com o apoio de brigadistas dos Parques Nacionais da Serra do Cipó, Serra dos Órgãos e do Caparaó, além do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF/MG).

Para conter as chamas, a equipe trabalhou com abafadores, bombas costais, facões, foices, sopradores e pinga-fogo, enquanto a aeronave air tractor, além de realizar o traslado das equipes, também realizaram combate aéreo, lançando água nas linhas de fogo. Durante os trabalhos, as principais frentes de incêndio identificadas em um sobrevoo foram nas regiões do Jacó, Serra do Cemitério, Zagaia e Vão dos Cândidos.

De acordo com os militares, um drone também sobrevoou a área para monitoramento dos pontos quentes e planejamento das operações diárias.

Incêndio

O incêndio atingia o Parque Nacional Serra da Canastra, na região de São Roque de Minas, desde o último sábado (15).

Por conta da pandemia da Covid-19, o Parque Nacional da Serra da Canastra segue fechado e sem acesso permitido desde março. Os militares do Corpo de Bombeiros do Estado chegaram à Serra da Canastra na terça-feira (18) para combater as chamas.

Os militares montaram um posto de comando na Portaria II do Parque Nacional, que fica no Distrito de São João Batista da Canastra, onde começou o incêndio.

Início das chamas

Para Carlos Henrique, chefe do Parque, o fogo pode ter sido colocado na região intencionalmente, pois o mesmo teve início no meio da unidade e não em propriedades privadas adjacentes

O fogo começou na Portaria II do parque, que fica no Distrito São João Batista da Canastra, na região do Chapadão da Canastra. As chamas alcançaram o Chapadão da Babilônia. Nenhuma das áreas estão próximas à nascente histórica do Rio São Francisco, ou mesmo à cachoeira Casca D’Anta, foram afetadas.

As chamas não ameaçaram comunidades locais e não havia pousadas na região onde as chamas alastraram, de acordo com Carlos Henrique.

Fonte: G1

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