Minas e suas Artes Cênicas

O Estado de Minas Gerais pode ser considerado um dos grandes expoentes no teatro nacional. Oficina MultimédiaPonto de PartidaGiramundo Teatro de Bonecos e Espanca! de Teatro são alguns dos nomes de Grupos que exemplificam como Minas é importante no cenário cultural no país.

Espaços importantes também existem no Estado, como o Palácio das Artes, em Belo Horizonte, além do Teatro Alterosa, o Sesi Minas e o Dom Silvério. O belo Manoel Franzen de Lima, em Nova Lima, também a região central, o Cine Teatro Central de Juiz de Fora

A bem sucedida trajetória de tantos grupos é estimulada pelas escolas de formação artística e pelos mecanismos municipais e estaduais de incentivo à cultura. Como o Grupo Divulgação, de Juiz de Fora, que tem como coordenador geral José Luís Ribeiro. Com mais de 40 anos de tradição, o Grupo participa de diversos festivais de Teatro e desenvolve um trabalho teatral em três núcleos: universitários, adolescentes e terceira idade. O Grupo Divulgação nasceu na Faculdade de Filosofia e Letras, da Faculdade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e depois de seis anos de existência passou a desenvolver seu trabalho no Fórum da Cultura, que também abriga uma galeria de arte, coral e o Museu da Cultura Popular, além de trabalhos de pesquisa, projeção de extensão e de ensino.

Referência nacional e internacional no campo cultural, o Grupo Galpão, de Belo Horizonte, por sua vez, apresentou, em 1982, seu primeiro espetáculo na Praça 7, um dos pontos mais movimentados da capital mineira. E, desde então, busca a inovação e a valorização do teatro popular e de rua. Símbolo da persistência, da dedicação e do talento mineiros em uma arte tão cara a nossa existência, como é o teatro, o Galpão prima, em suas peças e montagens, pela inventividade, pela criatividade e pela surpresa, ao trabalharem elementos cênicos tradicionais de forma contemporânea. Algumas de suas peças: ‘Romeu e Julieta’, ‘Álbum de Família’, ‘Rua da Amargura’ e a mais recente, ‘Pequenos Milagres’. Sua “trupe” é formada por atores que, vindos de várias partes, encontraram-se em Belo Horizonte e uniram talentos, vontades, competências e uma capacidade realizadora raras. Num espaço criativo, integrado, participativo e democrático, foi o artífice de projetos como o Galpão Cine Horto e o Oficinão do Galpão. Ao realizar espetáculos de fluida comunicação com o público, o grupo ensina como o teatro traz, em si, uma linguagem universal, capaz de levar nossa cultura para além das fronteiras de Minas Gerais e do Brasil. E essa essência de teatro de pesquisa, “mambembe” na linguagem de muitas de suas montagens, fez o Galpão ir onde nenhum outro grupo de teatro brasileiro ousou sonhar em chegar. Ao trabalhar com diretores convidados e estar disponível para a experimentação, o Galpão bebe na fonte das demais artes cênicas para traduzir ao seu público brasileiro a mais profunda tradição das diversas linguagens teatrais, por meio não apenas dos clássicos, mas sempre numa fusão ímpar do erudito com o popular. Como disse o ator e diretor Paulo José sobre o grupo, “o Galpão já tem uma linguagem própria, onde se misturam Brecht e Stanislavski, as técnicas circenses com o teatro balinês, a música folclórica com os experimentos musicais mais contemporâneos, a dramaturgia clássica com o melodrama, … marujadas com Molière, teatro épico com drama psicológico, o provinciano com o universal, a tradição com a transgressão.”

Cena Minas – Prêmio Estado de Minas Gerais de Artes Cênicas, lançado em 2007, junta-se ao Fundo Estadual de Cultura e à Lei Estadual de Incentivo à Cultura, como principais mecanismos de fomento da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais que apóiam grupos e espetáculos mineiros na busca da ampliação da platéia e no fortalecimento da cadeia produtiva da cultura em Minas.

Fonte: Estado de Minas

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